domingo, 5 de abril de 2015

PÁSCOA SEM CHOCOLATE



Tem crianças que hoje não vão comer chocolate, e há algumas que nem vão comer!
A páscoa mostra a passagem – não existia doce! Eram tempos difíceis. Tempos de escravidão, dor, sofrimento. Tempo de reunir a família, todos juntos, comer rápido, ervas amargas e uma carne assada. As ervas amargas não faziam rir, não eram doces, não traziam a sensação de prazer, a liberação da dopamina no cérebro,  apenas lembravam que os tempos eram amargos, tristes.

A páscoa mostra o cair da tarde e o aproximar das dores! A dor da entrega, da renúncia, da rejeição. Ele sentia dor, sua alma agonizava. Não era nada doce! Eram tempos de solidão, de amargura de alma, de suar sangue, de gritar para o Pai: Faça alguma coisa, se possível! Contudo, faça-se a Tua vontade!

Esta páscoa, neste ano, está sendo assim para mim. Um tempo difícil, de dor, de sofrimento. Tempo de não saber o amanhã; tempo de ervas amargas. É um tempo de passagem. Uma nova vida está surgindo. Um tempo novo. Tempo de ressurreição.

Eu vejo quanto chocolate algumas crianças estão comendo hoje e penso nas muitas crianças que sequer vão ter um pão para comer, e mesmo assim precisam acreditar que Deus as ama tanto quanto as outras!

Que as ervas amargas, que o sangue derramado, que o cordeiro imolado, que os tempos difíceis, a passagem rápida, a libertação – seja tudo um prenúncio de ressurreição! Ateus e não-ateus, cristãos e anti-cristos comemoram a páscoa. Mas a verdadeira páscoa deveria ser apenas para aqueles que entendem que em toda a história existiu apenas um que morreu e ressuscitou! Ele que costurou nossa passagem, nossa libertação, nosso acesso ilimitado ao Eterno. Sem ele, a páscoa é apenas chocolate para quem pode comprar!

Um abraço

Elaine Teobaldo